Relativamente ao caso que transcrevemos em baixo, e que nos chegou ao conhecimento por email (trata-se de uma pessoa conhecida, muito amiga dos animais), pedimos que tentem ajudar de todas as formas possíveis: pressionando as autoridades para não arquivarem o caso sem a devida investigação dos factos, colando cartazes na zona em questão, remetendo cartas para os moradores da zona a sensibilizá-los para os direitos dos animais, colocando em blogs a discussão deste caso, pondo posters em sites da Internet vocacionados para animais, remetendo emails para quem gosta de animais e tudo o mais que considerarem útil dentro da legalidade e do exercício dos direitos e obrigações cívicas.
Sei que muitos de vocês são de outras zonas do país, mas é nestas alturas que nós, que gostamos de animais, nos temos que unir e mostrar que há alguém que protege aqueles que não têm qualquer forma de se proteger…
Desde já muito obrigado pela vossa ajuda.
Passo a citar o email recebido:
“Domingo, dia 30 de Agosto de 2009, o Faísca e a Pulga, dois cães de pequeno porte, foram soltos na rua do Panorama em Canelas, Vila Nova de Gaia, por volta das 21h00m pela sua dona, D. Lídia, para irem dar a sua voltinha antes de irem dormir.
Por volta das 23h00m, estranhando ainda não terem regressado, a D. Lídia veio à rua chamá-los. Deparou-se com a sua cadela, Pulga, em fortes convulsões muito perto de casa, morrendo passados minutos e com o seu cão, Faísca, já sem vida a poucos metros de casa.
A D. Lídia optou por enterrar os seus cães logo nessa noite.
No dia seguinte, 2ª feira, dia 31 de Agosto de 2009, pelas 18h00m, a D. Ana Maria veio dar uma volta com a sua cadela, Patinhas, na sua rua (Rua dos Prazeres, também em Canelas e a cerca de 10 metros da Rua do Panorama) e ao regressar a casa, na rua, à porta de casa, a sua cadela pegou num pedaço de comida que estava no chão e antes que a D. Ana Maria tivesse tempo de lho tirar, ela ingeriu-o.
Passados poucos minutos começou a ter fortes convulsões, pelo que a sua dona a levou imediatamente à veterinária.
Esta imediatamente diagnosticou tratar-se de um caso de envenenamento.
Apesar de ainda se encontrar muito debilitada, com sequelas do envenenamento, a veterinária conseguiu salvar essa cadela, tendo-lhe dado alta na 5ª feira, dia 3 de Setembro.
Na 3ª feira, dia 4 de Setembro alguns moradores da zona aperceberam-se do sucedido com o Faísca e com a Pulga, e apresentaram queixa no SEPNA da GNR dos Carvalhos (telefone da brigada do SEPNA responsável pelo caso: 96 119 42 65; telefone da GNR dos Carvalhos: 22 786 2000).
O SEPNA, apesar de relutante, acabou por vir à Rua do Panorama e por telefonar à D. Lídia para saber do sucedido.
Como a D. Lídia optou por não apresentar queixa, o SEPNA nada fez.
No dia seguinte a D. Ana Maria apresentou queixa no SEPNA, pelo envenenamento da sua cadela, Patinhas, tendo apresentado a declaração da veterinária comprovando esse facto.
A GNR foi à Rua dos Prazeres falar com a D. Ana Maria, mas referiu imediatamente que um animal é uma coisa, mostrando muito pouca sensibilidade relativamente a essa questão, tendo referido inclusive como desfecho o arquivamento do processo.
A D. Ana Maria deu indicação à GNR de uma vizinha, cujos gatos têm sido consecutivamente envenenados e, apesar de esta vizinha não ter apresentado nunca queixa à GNR, pensa-se que ela poderá ter informações úteis para a investigação.
Ao que a D. Ana Maria conseguiu apurar, a GNR não interrogou esta senhora, nem sequer falou com qualquer vizinho para obter mais informações.
Salienta-se também que numa pequena mata a cerca de 100 metros da Rua dos Prazeres, ocorreu em 2005 o envenenamento de cerca de 7 cães sem dono (que, no entanto, estavam devidamente esterilizados) que eram alimentados por alguns habitantes locais.
Na altura, apresentou-se queixa no SEPNA (GNR dos Carvalhos).
Sem surpresas, infelizmente, esse caso foi arquivado pouco tempo após e sem terem sido feitas diligências de investigação.
A D. Ana Maria e alguns moradores da zona preocupados com a saúde dos seus animais, revoltados com o que aconteceu com o Faísca, com a Pulga, com a Patinhas e com todos os cães e gatos com e sem dono que padecerem nas mãos deste morador maldoso e cruel, preocupados também com o que pode acontecer às crianças que brincam nestes espaços públicos conspurcados de veneno, pedem a ajuda de todas as associações de animais neste caso, para fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro e, sobretudo, para sensibilizar as autoridades para a urgência e pertinência da investigação desta situação.
Infelizmente os moradores dessa zona não dominam as leis, têm pouco peso e as autoridades parecem não ter grande sensibilidade para estas questões.
O nosso muito obrigado
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